O elefante embriagado

O Buda Sakyamuni tinha um primo chamado Devadatta que o invejava e, por isso, tentava destruí-lo a todo custo.

Certa vez, quando Sakyamuni e seus quinhentos discípulos estavam no castelo Raetsu, Devadatta convenceu Rei Ajase a participar de um plano para matar o Buda. Eles providenciaram para que um feroz elefante chamado Naguiri fosse preso, embriagado e solto no momento em que Sakyamuni estivesse passando pela rua.

O rei ordenou então que a população não saísse de casa na manhã seguinte. No entanto, algumas pessoas souberam da conspiração e alertaram o Buda.

Sakyamuni acalmou-se dizendo que nada de mal lhe aconteceria. No dia seguinte ele se dirigiu ao castelo do rei acompanhado de seus discípulos.

Quando Sakyamuni se aproximou do castelo, o rei ordenou que o elefante embriagado fosse libertado. Segurando uma espada em sua tromba, o elefante fora de si, avançou em direção a Sakyamuni e todos os discípulos, exceto Ananda, fugiram apavorados.


As pessoas que assistiram a tudo ficaram admiradas quando o elefante, tocado pela magnificência e benevolência do Buda parou de repente, ajoelhou-se diante dele e deixou cair a espada de sua tromba. E, assim Devadatta e o Rei Ajase fracassaram em sua tentativa de matar Sakyamuni.

Essa história mostra a extraordinária benevolência e a elevada condição de vida do Buda que não é abalada por nada.

(Fonte: Revista Terceira Civilização de abril/76 e Março de 2003)
Outras referências  bibliográficas