O Empurrão...


A águia empurrou gentilmente seus filhotes para a beirada do ninho. 
Seu coração se acelerou com emoções conflitantes, ao mesmo tempo em que sentiu a resistência dos filhotes a seus insistentes cutucões.  Por que a emoção de voar tem que começar com o medo de cair? Pensou ela.

O ninho estava colocado bem no alto de um pico rochoso. Abaixo, somente o abismo e o ar para sustentar as asas dos filhotes. E se justamente agora isto não funcionar?

Apesar do medo, a águia sabia que aquele era o momento. Sua missão estava prestes a se completar, restava ainda uma tarefa final o empurrão.

A águia encheu-se de coragem. Enquanto os filhotes não descobrirem suas asas não haverá propósito para a sua vida.

Enquanto eles não aprenderem a voar não compreenderão o privilégio que é nascer águia.  O empurrão era o menor presente que ela podia oferecer-lhes. Era seu supremo ato de amor.

Então, um a um, ela os precipitou para o abismo. E eles voaram!

Às vezes, nas nossas vidas, as circunstâncias fazem o papel de águia. São elas que nos empurram para o abismo. E quem sabe não são elas, as próprias circunstâncias, que nos fazem descobrir que temos asas para voar.

                Preciosa Colaboração de Cecília A. Sant'Anna
cecilia.santanna@ercgroup.com

 

 
Índice de histórias

Página Principal

 

As Mais Belas Histórias Budistas
e outras histórias..
http://www.maisbelashistoriasbudistas.com/