A Parábola da mulher histérica


Numa certa ocasião, Sakyamuni visitou a casa de um homem rico e virtuoso. Logo que entrou em sua casa, ouviu gritos histéricos. Eram vozes de sua nora. Apesar de ela ser de uma boa família, era uma mulher prepotente, com nariz empinado, não cuidava de seu marido e nem seguia o Budismo. Essa nora era a fonte dos sofrimentos daquele homem rico.

Sakyamuni convidou então essa mulher para um diálogo e começou a conversar cordialmente, de igual para igual. Não foi um diálogo para repreendê-la, nem para ordená-la a corrigir suas atitudes. Este tipo de conversa prepotente não faz parte do mundo do Budismo. O diálogo de Sakyamuni foi franco e com o sentimento de abrir o coração fechado e gélido daquela mulher. Na ocasião, o Buda contou-lhe a respeito de sete tipos de esposa.

Essa parábola é narrada num ensino provisório anterior ao Sutra de Lótus, e reflete naturalmente a visão sobre a mulher que prevalecia nesse longínquo passado. Nos dias de hoje, e conforme a visão de Nitiren Daishonin que afirma "Não deve haver discriminação entre homens e mulheres", a igualdade de direito constitui a essência imutável do Budismo e é o princípio fundamental da democracia moderna. Com base nestas premissas, vamos analisar os sete tipos de esposa citados nos sutras:

1- Esposa assassina: mulher tão maldosa que se alegra com a infelicidade dos outros e é capaz de arrancar até a vida do marido.

2- Esposa ladra: mulher que arrebata toda a fortuna do marido.

3- Esposa dominadora: mulher preguiçosa que tem uma boca maldita, é feia e gulosa, domina seu marido sob os seus pés.

4- Esposa-mãe: mulher que protege e cuida excessivamente bem do marido como seu filho.

5- Esposa-irmã: mulher carinhosa que apóia o marido, tratando-o como se fosse seu irmão.

6- Esposa-amiga: mulher com coração nobre que a cada vez que encontra o marido, fica tão contente e feliz como se estivesse revendo uma amiga depois de um longo tempo.

7- Esposa-prestativa: mulher que jamais fica irada, suporta tudo com serenidade e obedece o marido sempre sorrindo.

Num outro sutra é citado mais um tipo: esposa sábia (zentishiki). Indica a mulher que mantém um perfeito entendimento com o marido, os dois trocam incentivos mútuos e procuram evidenciar a melhor sabedoria para a vida. Do ponto de vista do budismo, este é o tipo ideal de esposa.

A esposa-mãe e esposa-irmã parecem ser a ideais, porém seus maridos não terão sucesso na vida por causa da proteção excessiva da mulher.

Ouvindo os conselhos de Sakyamuni, a nora daquele homem rico e virtuoso percebeu por si mesma os seus erros, refletiu suas atitudes e começou a esforçar-se para tornar-se uma boa esposa.

Citada pelo presidente Ikeda na reunião de dirigentes de 30/01/96

Preciosa Colaboração de
tae6@ig.com.br


 

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