Meu nome é
Rogério, prático budismo desde os 16 anos de idade e sou vice-responsável da divisão
de rapazes da Ilha do Governador, membro do departamento científico e educacional da
BSGI. Não há maior felicidade do que conhecer o budismo na juventude. Para os pais é
uma certeza de que os filhos terão um bom direcionamento. Para nós a segurança de que
estamos no caminho correto do nosso desenvolvimento e realização. Ter um mestre como o
Presidente Ikeda reforça esse sentimento e dá tranqüilidade.
Quando me converti era muito jovem e não sabia ao
certo qual seria o meu destino. Encontrei na organização um lugar para treinar minhas
habilidades, me desenvolver como ser humano e acumular boa sorte. Participava de todas as
reuniões da organização vertical e dos grupos horizontais. Eu assistia e ajudava a
realizar as atividades de diferentes maneiras. Tudo o que fazia tinha como base o meu
desenvolvimento e o desejo de corresponder a expectativa do Ikeda Sensei.
No Ongakutai (a banda musical) eu aprendi sobre o
espírito de mestre e discípulo, desafiei os meus limites e treinei a minha
determinação. Neste grupo eu conquistei o ponto primordial da prática budista que se
refere a fé inabalável no Gohonzom e no ensinamento budista. Através deste grupo,
participei da inauguração Centro Cultural do Rio de Janeiro, da Recepção filho do
Sensei Hiromasa Ikeda, do décimo festival da Paz mundial em São Paulo (90) e do festival
Eco-Cultural no Rio de Janeiro. Quando entrei neste grupo existiam seis clarinetas, quando
saí tinham 28 clarinetas. Budismo é a própria vida diária. Enquanto me desenvolvia no
budismo, entrava na faculdade de sociologia, onde estudava e, durante alguns períodos,
trabalhava em pesquisa com os professores.
Depois, participei do Departamento Universitário,
na monitoria e na recepção de autoridades da EXPOMAD (Exposição de Meio Ambiente e
Desenvolvimento). No budismo eu já tinha um conhecimento grande, na faculdade estava me
formando. Esse período correspondeu a comprovação do desenvolvimento atingido. Através
da EXPOMAD eu conversei com intelectuais, profissionais nacionais e estrangeiros e
políticos. Se havia conseguido participar com êxito, então eu poderia desafiar qualquer
objetivo. Assim entrei para o Mestrado em Ciência Política na Universidade de Brasília.
Em outras palavras, conhecemos a lei, acreditamos no budismo, então tem que acontecer e
aconteceu.
Antes de ir a Brasília, eu havia sido indicado
como primeiro responsável dos Estudantes Primários do Rio de Janeiro. Através dessa
responsabilidade fundei o Coral Amigos do Mundo no Rio de Janeiro e recepcionei o
Presidente Ikeda em 1993. Para mim representou a conclusão de um ciclo. O encontro com
Sensei foi o final de um ciclo. Naquela época sentia muita gratidão ao mestre, minha
vida se expandia.
Em Brasília fui indicado supervisor do Ongakutai
em quatro meses, nosso grupo passou de seis instrumentos para 30 e com mais 45 bandeiras
participamos do Festival de Jovens daquela organização. Auxiliei na realização da
Conferência da Divisão dos Rapazes no Congresso Nacional, participei da inauguração da
Exposição Direitos Humanos com o Presidente da Republica e outros Ministros, além de
outros eventos da BSGI no ministério da Educação e Justiça. O período do mestrado foi
muito rico para mim, me desenvolvia profissionalmente, vivia em outro Estado, participava
de atividades importantes. Sempre com o desejo de realizar o sonho e o do desejo do
Presidente Ikeda. Tendo como base a prática correta do budismo, sem desvio, sem idéia
própria, sem tentar me enganar.
Retornei ao Rio e terminei o mestrado. Tive
dificuldade para me reinserir na academia e no mercado de trabalho nessa volta. Então,
fiz algumas transações imobiliárias de muito sucesso, auxiliei minha esposa (então
noiva) na administração de uma clínica de saúde, trabalhei com informática
educacional até conseguir, finalmente, entrar numa faculdade e poder exercer minha
profissão. Afinal quem não tem cão caça com gato e eu tinha aprendido na Gakkai que
todo o treinamento recebido é para ser colocado em prática quando necessário. Quando
chegamos a um impasse a estratégia do Sutra de Lotús torna-se a única e tudo se resume
na oração e na fé.
Este ano, mais uma vez, decidi me aproximar do
coração do mestre e realizar em seu lugar minha missão no Kossen-rufu do Rio de
Janeiro. Tudo começa no mestre e acaba nele. Minha meta era a nova primavera da BSGI mas
não queria participar de festival, nem podia pela idade. Então eu apresentei um projeto
de pesquisa em Segurança Pública em resposta a uma demanda do Governo do Estado, e o meu
projeto está na reta final de aprovação, tendo ultrapassado várias fases. Nesse
ínterim, dei algumas palestras no Educacional sobre o Gosho Pacificação na Terra
Através do Verdadeiro Budismo e fui convidado a escrever um artigo em revista
especializada sobre educação e violência. Surgiu a oportunidade de fazer o doutorado na
UERJ e trabalhar esses temas. Fui aprovado. Agora, estou trabalhando com segurança
pública, direitos humanos e paz. Recebi recentemente, uma bolsa da FAPERJ, que vai
financiar minhas pesquisas.
Posso dizer que todos os meus objetivos foram
atingidos desde a minha conversão. Hoje, tenho novos e grandiosos objetivos pela frente,
principalmente em relação a minha esposa e meu filho que está para nascer. Gostaria de
frisar que o importante e ter uma correta compreensão e grande convicção no Gohonzom e
no daimoku. Através do budismo nos podemos desenvolver uma vida de total realização,
independente do caminho que nos escolhermos. Gostaria que os pais e os jovens aqui
presentes refletissem sobre isso. O mais importante é ter o mestre em primeiro lugar e
unir a nossa vida a causa da SGI a Paz Mundial. Agradeço aos veteranos, a quem eu
sempre procurei para me esclarecer em todos os momentos de dúvidas e vitórias, aos
amigos que sempre nos incentivam, a minha mãe, sempre presente. muito obrigado.