Relato de Experiência
Juliana Yamazaki


A Felicidade de estar viva

Comecei minha prática através de minha avó com 15 anos de idade, não sabia nada a respeito da Soka Gakkai, mas participava das reuniões, quando percebi já estava convertida Assim passaram-se mais 15 anos da minha vida, houve épocas que minha prática não era firme, mas nunca deixei de acreditar no Gohonzon, porque a minha avó sempre falava : acredite no Gohonzon.

Vim para o Japão em fevereiro de 1993, passados 2 anos estava me casando e em janeiro de 1996 nasceu o nosso primeiro filho saudável e forte.

No dia 6 de janeiro deste ano tive uma expêriencia de vida que foi surpresa para mim e minha familia. Começou com o nascimento de minha filha Karina Miyuki. Comecei a sentir as dores do parto as 2 hs do dia 6 de janeiro, vindo a ter minha filha de parto normal as 7:20hs da manhã do mesmo dia, saudável, meu marido acompanhou todo o parto ficando muito emocionado, até então tudo era só alegria, eu não estava sentindo nada de anormal e a filha que eu sempre quis ter estava em meus braços.

Fiquei descansando na sala de parto até quase a hora do almoço, nesse meio meu marido, meu filho e minha mãe foram para casa almoçar, passei para o quarto onde ia ficar internada mais 6 dias, tudo estava indo bem, até que por volta das 15hs, comecei a sentir umas dores em volta do estômago; achei estranho pois a minha barriga assim como meu corpo inteiro estava inchado e a cada hora que passava a dor aumentava, chamei a enfermeira e expliquei o que estava acontecendo , ela me aplicou uma injeção de buscopan onde aliviou um pouco a dor. Quando meus familiares retornaram minha mãe falou" isso não está normal até parece que tem outro bebê na barriga", pois estava realmente inchada.

As 19:30hs, desci para fazer uma ultrassonografia, o médico achava que poderia ter ficado resto de placenta no útero, falei que a dor não vinha do útero, mas sim das proximidades do estômago; através do ultrassom, foi constatado que havia manchas indicando acúmulo de líquido não somente ao redor do estômago, mas em todo o organismo. Da barriga foram retirados 3 seringas de 50ml. de líquido, onde foi constatado que não se tratava de um problema ginecológico e como na clínica não havia aparelhagem suficiente para fazer exames mais detalhados, acharam que era preferivel ir para um hospital maior. Meu marido foi chamado e explicaram a situação. A ambulância foi chamada e partimos rumo ao Daigaku Biyoin de Gifu.

Chegamos no Hospital de madrugada, onde havia apenas dois médicos de plantão, imediatamente foi feito um exame de sangue e em seguida uma tomografia Computadorizada, durante a consulta perdi a conciência, quando retornei estava num quarto onde o médico plantonista veio falar que no resultado do exame foi constatado que eu estava com Kyusei Suien ( infecção pancrear), nunca havia ouvido falar nessa doença em toda a minha vida.

Nesses 30 anos de minha vida até aquela data, nunca havia tido nenhuma doença grave, sempre gozei de plena saúde, essa doença repentina me pegou de surpresa e foi um choque muito grande para mim.

Horas depois começou a entrar claridade pela janela, nesse momento a dor era tanta que nem os analgésicos faziam efeito, até para respirar tinha dificuldades, logo apareceram vários médicos e um deles começou a me explicar sobre o tratamento a ser feito e outro médico explicava a meu marido que seria feito um tratamento intensivo na UTI, começando com uma espécie de filtração do sangue, para retirar as impurezas que estavam espalhadas em todo o organismo.

As 15hs, fui levada para a UTI, onde foi colocado 3 cateteres nas artérias, uma na perna direita, outra no lado direito do peito e a terceira no braço esquerdo. Quando cheguei nesse hospital na madrugada do dia anterior não sabia direito o que estava acontecendo, não sabia porque tanta dor e nem mesmo que doença tinha, a única certeza era que estava morrendo lentamente a cada hora que se passava, nessa madrugada fiz um intenso daimoku como nunca até então havia feito, com intensidade e força interior, podendo comprovar o quanto a palavra Nam-myoho-renge-kyo tem força.

Na semana que se seguiu sentia que a cada dia estava melhorando e mesmo vendo as radiografias diariamente tendo certeza que meu organismo estava se limpando, agradecia ao Gohonzon fazendo mais daimoku.

No término do 7 dia estava saindo da UTI, foram retirados a maioria dos aparelhos, sendo um alívio muito grande, agradecia ao Gohonzon por ter ultrapassado mais essa barreira. Passei então para um quarto esterelizado, onde a cada dia ia se desligando um aparelho, e retirando um soro, no início da terceira semana comecei a me alimentar oralmente, nessa mesma época foi permitido que andasse, parecia uma criança quando começa a dar os primeiros passos. Passei depois para o quarto coletivo e após dois dias foi retirado o último soro ficando apenas os remédios orais.

Com 33 dias internada estava recebendo alta. Os médicos ficaram assustados pela minha recuperação, esse tipo de doença leva em torno de 2 mêses para sair do hospital, quando sorri e falei que tinha uma filha recém nascida esperando por mim, o médico respondeu "okasan wa tsuyoi desu".

Agradeço do fundo do meu coração a força que meus dirigentes, parentes, e amigas me deram. Na organização japonesa, meu shibutyo Sr. Okada e a Tikutan Sra. Wakasugi logo que ficaram sabendo que estava na UTI foram até o hospital e disseram que estavam orando por mim, fiquei muito emocionada.

Para finalizar estou voltando ao hospital para fazer exames periódicos uma vez por mês, mas não estou tomando mais remédios. Estou com minha saúde quase que perfeita e minha filha está com 5 meses linda linda e cheia de saúde.

Agradeço a todas as pessoas que deram força, aos membros que me enviaram daimoku em suas orações e ainda agradeço todos os dias nas minhas orações por estar viva.

Muito Obrigada

Preciosa Colaboração de
Rodolfo & Eliza Nakamura aar09380@par.odn.ne.jp  Aichi-ken - Japão

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