Meu
nome é Maria Conceição dos Reis Saito, sou casada e tenho dois filhos.
Iniciei a prática do budismo através do meu marido, que já era membro antes
do nosso casamento. Recebemos o Gohonzon em outubro de 1983 e gradualmente
comecei a prática do Nam-myoho-rengue-kyo e da leitura do sutra. Assim, fui
conseguindo superar todos os meus problemas e consequentemente adquiri fé no
Gohonzon.
Decidimos
vir para o Japão em 1990 e não sabia falar nenhuma palavra em japonês. Como
meu marido não trabalhava por nenhuma empreiteira, tivemos que providenciar
tudo sozinho. Os meus filhos foram se adaptando, mas a saudade que sentia
pelos meus familiares e pelo Brasil era tão grande que decidimos voltar em
julho de 1994. Entretanto surgiram diversos imprevistos: o meu filho mais
velhos, que cursava a quarta série no Japão, teve que ser matriculado na
primeira série no Brasil. A minha mãe teve câncer e ficou hospitalizada,
exaurindo nossas economias e por final, meu pai veio a falecer em outubro de
1995.
Assim,
decidimos retornar ao Japão no final de 1995 e fomos residir na província de
Shiga. Meus dois filhos voltaram para a escola e como não estava trabalhando,
desafiei na recitação do daimoku por três horas diárias.
Após
uma semana, uma senhora da escola veio até a minha casa e como estava
segurando o juzu em minhas mãos, ela perguntou qual era a minha religião. No
momento da minha resposta, ela me abraçou e disse que também era membro,
convidando-me para as reuniões locais. Pouco tempo depois, o nosso primeiro
empregador nos convidou para trabalhar no mesmo local. Assim, retornamos para
a província de Ibaraki e entramos em contato com o grupo de membros da SGI do
Brasil.
Em
uma das atividades do Grupo Esperança pude ouvir um relato que transformou a
minha forma de encarar a prática do Budismo. A partir daquela data, decidi me
empenhar nas atividades, pois senti a importância deste grupo para todos nós
que estamos no Japão. Hoje, atuo como responsável de pequeno grupo na cidade
de Mitsukaido, participo de inúmeras atividades promovidas pela escola dos
meus filhos e pela comunidade local. Eu e o meu marido decidimos permanecer no
Japão até nossos filhos se graduarem e que possam ser grandes valores pela
paz mundial. Com certeza, posso afirmar que sou feliz e esta felicidade tem
origem na prática deste budismo. Muito Obrigada !
Preciosa Colaboração de
Charles Tetsuo Chigusa
chigusacharles@hotmail.com Tóquio - Japão